quarta-feira, 23 de novembro de 2011

CONSTRUTIVISMO RUSSO, INTERNACIONAL SITUACIONISTA E ARQUITETURAS PARTICIPATIVAS

       O tema do trabalho trata de maneiras alternativas, situações onde se olhou a sociedade de uma maneira diferente, pessoas que enxergavam além daquilo que era pré concebido para se pensar. O grupo tratou do Construtivismo Russo, movimento que criticava a arte pura pois a mesma não deveria se desvincular do cotidiano, tratou da Internacional Situacionista, também um movimento de crítica, inclusive ao fato de todas as relações sociais serem pautadas no capitalismo, e também das Arquiteturas Participativas, onde há a utopia da participação dos próprios usuários na tomada de decisões dos projetos que eles mesmo irão utilizar. Seus tópicos foram: construtivismo russo( Política e arte, Suprematismo, Política e Lenin),internacional situacionista (O que é, megaestruturas high tech, O labirinto, Psicogeografia e deriva,  A sociedade do espetáculo, Maio de 68), Arquitetura participativa,  Utopia , O grupo MOM (morar de outras maneiras), O estatuto da cidade, Plano Diretor, Conselhos Municipais, Antiutopia, Jeremy Till (arquiteto com visão diferenciada) e seus projetos ( na década de 1990 e 2000), O projeto PRUMO, Historiador Iain Borden ( estuda como a cidade funciona e como é concebida).
     O projeto MOM (projeto da UFMG), é um projeto diferente do modo de projetar já pré concebido. Traz a idéia de participação do próprio usuário na concepção e construção do seu espaço. Ao colocar este exemplo podemos perceber a relação que ele tem com estes movimentos críticos ( Construtivismo e Internacional Situacionista) de origem Européia e Russa, onde se criticava a maneira de pensar vigente.

A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO
      O interessante deste tema é mostrar como o capitalismo cerrou os olhos da sociedade, controlando todas as relações sociais e inclusive o nosso tempo. Chegamos a um ponto em que o que vale para nós não é a realidade propriamente dita mas o que ela parece ser. Somos controlados por diversas fontes de estímulos que nos dizem o que fazer, o que consumir, o que gostar ou não gostar. E desta forma não nos sobra tempo  para a criatividade, para a crítica, para reagirmos a esta maneira de viver que nos é imposta.
       O urbanismo age em favor desta dinâmica. O espaço é visto como mercadoria e o urbanismo tem uma estratégia de segregação espacial que conduz aos objetivos capitalista (lucro). Mas, apesar da cidade ser produzida em favor deste sistema de exploração para acumulação de capital, é ela também que permite o encontro com o outro. E são nesses encontros que podemos ter novas idéias e enxergar este sistema de coisas. São nesses encontros que há a possibilidade de movimentos e revoluções críticas contra o tipo de sociedade existente.
imagem representando como nosso meios de comunicação nos controlam

É como se as várias pessoas fossem controladas


                GRUPO MOM (Morar de Outras Maneiras)
       A idéia do grupo MOM,  projeto da UFMG, é interessante  por  defender a participaçãodas pessoas envolvidas no projeto, de forma que o arquiteto não imponha sua vontade, mas sim que ajude o futuro morador a entender as suas necessidades e produzir de acordo com elas. É uma idéia que quebra com os padrões estabelecidos onde, especialmente em habitações de baixa renda construídas pelo governo, não se  leva  em consideração as necessidades das pessoas que irão habitar nestes espaços.
      Com o MARH (Método de Autoconstrução Racional de Habitações), o projeto possibilita efetivamente esta participação, com o desenvolvimento de interfaces que possibilitam a construção pelos próprios moradores, com possibilidades de adaptar estas interfaces à necessidades de cada família.
Montagem de projeto do MOM no aglomerado da Serra montado pelos próprios cidadãos.
Vista de uma das possibilidades de montagem das casas da MARH (Método de Autoconstrução Racional de Habitações)



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