quarta-feira, 23 de novembro de 2011

GRUPO 01


 MOBILIDADE URBANA 



    A partir da revolução industrial, o modelo de produção em massa do fordismo ganha força, mudando completamente o estilo de vida, de consumo e relações dos indivíduos nas regiões urbanas principalmente.
    A necessidade de transporte para o crescente fluxo de pessoas e mercadorias também aumenta, seguido pelo poder aquisitivo melhorado graças à geração de novos empregos.
    Para tanto, além do transporte de carga, foram desenvolvidos os transportes de massa, tanto os coletivos, metrô e ônibus, quanto os individuais, carro e moto.
   Uma das questões levantadas pelo grupo é o fato de o automóvel particular se tornar uma bolha, onde o proprietário se apropria do veículo, transferindo um mini mundo para aquele novo ambiente. É ali que ele passará boa parte do dia, para tanto, o automóvel além de transportar o indivíduo, transporta também as suas necessidades, emoções e socialidade, ou melhor dizendo, a falta dela.
    Um agravante dessa situação é a lógica do capitalismo que torna as pessoas individualistas, não se importando com o próximo, contando que tenha seu carro e conforto próprios.
    Além do déficit das relações sociais, há o de saúde pública. Uma vez que o número de veículos particulares circulando é absurdamente grande e as políticas públicas priorizam os carros, construindo ruas e retirando árvores, há grande emissão de poluentes no ar, causando um leque de doenças respiratórias.
    A alienação do ser humano é um outro fator de dependência do objeto. O corpo que passa horas sendo transportado, acaba atrofiando por falta do uso de movimentos naturais como o simples ato de caminhar, em graus mais elevados, o corpo se deforma, se torna não funcional ou cada vez mais dependente.
    Também é questão de saúde pública as milhões de morte causadas em acidentes de trânsito, resultando em constante estado de alerta e estresse tanto dos motoristas, quanto dos transeuntes.

CORRELAÇÕES BELO HORIZONTE x NEW YORK

    O crescimento das cidades além do previsto, como o caso de Belo Horizonte, causou problemas de ocupação, desde moradias que deram lugar à arranha-céus, até árvores que foram retiradas para pavimentação de ruas, sempre priorizando os veículos particulares. Em decorrência disso é notória a deficiência em transporte público da nossa cidade.
    New York também passou por uma reforma em que o arquiteto Robert Moses, responsável por grandes obras na cidade (em nome do “novo”), projetou para uma megalópole dominada por carros, não por transporte público. Mas diferente de Belo Horizonte, ela possui um sistema de transporte público eficiente e políticas para limitar o uso de veículos particulares como no quadro a seguir:


QUESTÕES

FALTA DE INCENTIVO AO TRANSPORTE PÚBLICO E ALTERNATIVO

   O problema de fluxo de trânsito em Belo Horizonte é consequência da má execução de diversos quesitos como o incentivo ao transporte público e/ou alternativo, estado de conservação e conforto dos veículos, localização das estações do metrô e seu itinerário limitado, o tempo gasto pelo ônibus no trajeto, não pelas paradas, mas pelos congestionamentos, propaganda massante de venda de veículos particulares e individualismo do consumista do capitalismo.
Essa situação gera um ciclo vicioso:

TRANSPORTE PÚBLICO PRECÁRIO + TEMPO GASTO + FALTA DE INCENTIVO → AUMENTO DAS VENDAS DE V.P. → MELHORA NA MALHA URBANA PRIORIZANDO OS V.P → NÃO MELHORIA DO TRANSPORTE PÚBLICO → TRANSPORTE PÚBLICO PRECÁRIO

 E se agrava ainda mais pela acomodação da população que raramente luta por melhorias.

    Tendo em vista que é a economia que dita as regras de funcionamento da cidade, que as propagandas e incentivos ao carro próprio continuarão, é preciso que a sociedade cobre medidas do governo que limite o uso dos veículos particulares.
    A exemplo de São Paulo que adotou o sistema de rodízio pela numeração final da placa dos veículos, Belo Horizonte retiraria metade da circulação por dia, trabalhando juntamente com os elevados preços de estacionamento e limitação de locais para tal. Outra alternativa para trabalhar em conjunto é priorizar o tráfego de pedestres e ciclistas, criando políticas de velocidade reduzida ciclovias e revitalizando vias exclusivas para automóveis, a exemplo da Via Expressa, Av. Cristiano Machado e Av. Antônio Carlos.
    Porém não é simplesmente restringindo o uso de carro que o problema do trânsito vai se resolver. É preciso que haja uma reforma nos transportes públicos criando alternativas para quem abrirá mão do veículo próprio, caso contrário o ciclo vicioso recomeça.

Espaço ocupado em diferentes tipos de transporte
Restrição ao uso de bicletas em Belo Horizonte


 NOVO ITINERÁRIO DO METRÔ DE BELO HORIZONTE

   Belo Horizonte está localizada na região sudeste do Brasil e portanto está entre as cidades de mais influência do país. É menor em tamanho do que São Paulo, capital, e maior que o Rio de janeiro, capital, no entanto possui um sistema de metrô vergonhoso em comparação com essas duas cidades que já possuem metrôs subterrâneos, muito mais eficientes.
    É limitado a apenas UM itinerário, Vilarinho ↔ Eldorado, margeando assim a cidade e levando as pessoas de lugar nenhum para lugar nenhum.
    Há anos os candidatos à prefeitura da cidade prometem melhorar o sistema e construir novas linhas para suprir a demanda real da cidade. São só promessas.
    Mas com a iminente Copa do Mundo sediada aqui, há o projeto da implantação de uma nova linha: Pampulha ↔ Savassi. Atenderá a mais pessoas, sem dúvida, mas atenderá muito mais aos turistas que usufruirão da região do Mineirão e do centro comercial de alto nível da Savassi. Depois da copa quem continuará utilizando essas linhas? Será que a demanda mais forte é dessa região?
   A mesma coisa acontecerá com a implantação do corredor de ônibus na Av. Cristiano machado que facilitará o acesso aos hotéis e limitação de trajetos para os habitantes.
As políticas públicas deveriam ser pensadas em prol da qualidade de vida de seus habitantes e não do exclusivo crescimento de economia a qualquer custo. 

Sistema de metrô de Belo Horizonte

Sistema de metrô de são Paulo





GRUPO 04

RELATÓRIO – GRUPO 4 

O grupo abordou assuntos relacionados às formas de divisão urbana (muros) ao longo da história, seja ela funcional, cultural ou por Status. A exposição do conteúdo se deu em forma de textos, citações, vídeos e imagens (fotos, tabelas e gráficos). Foram citadas cidades onde há muros dividindo fronteiras, como, por exemplo, o muro da Palestina. O grupo falou sobre o contexto mundial (Palestina, Cisjordânia), brasileiro (São Paulo), porém, abordou pouco o contexto belo-horizontino, uma vez que o foco de estudo foi a cidade de São Paulo.
Divisão urbana por Status
Divisão urbana por Status é o mesmo que segregação sócio espacial. Um exemplo são os condomínios, áreas residenciais com acesso restrito, enfatizando o valor do que é privado, como uma reafirmação das relações de poder.
O principal motivo pelo qual as pessoas optam pelos condomínios é a segurança, uma vez que, são fisicamente demarcados e há um controle da frequência. O agrupamento de pessoas se dá pela similaridade social, cultural e econômica.

                                                       São Paulo – Segregação Espacial

O muro da Cisjordânia
            O muro da Cisjordânia representa um dos conflitos mais marcantes da atualidade. Trata-se de uma barreira entre Israel e Cisjordânia. O muro impede a passagem de cidadãos palestinos para áreas israelenses. É necessário conhecermos “os dois lados da história”. O governo Israelense afirma que a finalidade do muro é evitar a entrada de terroristas nas áreas israelenses, enquanto palestinos declaram que o muro incorpora partes do território palestino ao território israelense. O muro da Cisjordânia é um sistema de segregação espacial.
Imagem do Muro da CisjordÂnia


Referências: Blog e apresentação do grupo em sala.

GRUPO 03

Fronteira Urbana – Condomínios – Novas Periferias Metropolitanas


Como o grupo desenvolveu o tema?

É imprescindivel a criação de uma lei o mais breve possível para regularização do mesmo. Uma falta de compromisso e respeito do poder público, e como sempre, não fazemos nada, inclusive... Eu.
O grupo desenvolve o tema iniciando-o com uma breve introdução sobre duas correntes ideológicas predominantes em 1900, o Modelo Progressista e o Modelo Culturalista, surgidos com a necessidade de reestruturação das cidades pós-industriais. Após introdução, alguns exemplos de cidades foram explicadas. Cidades como a de Lecthworth e a Cidade Jardim Village Homes receberam atenção quase que exclusiva durante esse assunto. Após expansão deste conceito para o mundo, explica o grupo, sua ideia básica, ou sua essência, é modificada gerando, por exemplo, nossos condôminios fechados atuais. Explicando e fazendo um paralelo sobre legislação referente, marketing e  condominio norte americanos e belo horizontinos, o grupo fecha a apresentação deixando bem claro o quanto “selvagem” é a atual situação que estamos inseridos.


Como foram feitas as correlações entre os contextos brasileiro, belo horizontino e mundial?

Feito um apanhado geral de condomínios fechados e “cidades fechadas” pela Grande Belo Horizonte e em algumas localidades dos Estados Unidos, o grupo esclarece que a correlação mais intensa entre condomínios brasileiros e norte americanos é a forte influência ideológica que recebemos “gratuitamente”.




Escolha duas situações, dentre as analisadas pelo grupo, como as que você tem maior interesse teórico e/ou prático e justifique, com um texto de dois parágrafos para cada uma delas e duas imagens para cada uma delas.


Marketing Imobiliário.
 
Existente para enganar, ou melhor “apresentar” a meros compradores, ou meras pessoas ao acaso, o marketing imobiliário utiliza de todas as forças possíveis e necessárias para vender seu produto, nesse caso particular, o condomínio fechado.

De uma forma incrivelmente curiosa, o mercado consegue vender um produto que tem como objetivo básico, isolar pessoas com potencial de compra em locais de baixo custo inicial, vendendo uma imagem de alto padrão, que oferece a maior comodidade segurança e qualidade de vida, pura mentira. Condomínios fechados nada mais são do que uma forma de se esconder dos ilusórios perigos, medos em busca de uma falsa qualidade de vida.
















Lei no Brasil.

É incrível e inacreditável como ainda não há uma lei que regularize a existência ou não existência de condomínios fechados no Brasil. Estamos simplesmente soltos aos leões, sem nada a nos proteger, nadando na corrente do mercado.


É imprescindivel a criação de uma lei o mais breve possível para regularização do mesmo. Uma falta de compromisso e respeito do poder público, e como sempre, não fazemos nada, inclusive... Eu.


 

GRUPO 02

  
Viadutos e moradores de rua - BH/Londres 


O grupo adotou bem os tópicos relacionados com sua temática. Fez uma comparação do Brasil com a Inglaterra e pontuou fatos relevantes.
Mostraram “quando” começou o aparecimento de moradores de rua, e como o número se expandiu, relatando que tanto aqui no Brasil tanto na Inglaterra existem moradores de rua. O diferencial é como essas pessoas são tratadas, e como são vistas pela sociedade.
Deram enfoque na cidade de Belo horizonte catalogando principais casas de apoio e albergues, utilizando de mapas e gráficos para pontuar onde se concentra esta população.
Utilizaram críticas para terem uma melhor compreensão do porque dessas pessoas, em alguns casos, escolherem morar na rua, em vez de em casa.
Em relação à ocupação dos viadutos, foi feito uma comparação entre a cidade de Belo Horizonte e Londres observou que a ocupação se da de forma diferenciado, tanto pelo uso, tanto por quem frequenta. Aqui os viadutos são, na grande maioria, casas de moradores de rua ou ponto de drogas. Já em Londres são construídos cafés, livrarias, lojas e ate hotéis nos viaduto. Um uso bem alternativo para um espaço que muitas das vezes é desprezado pela sociedade.


Algo que nos chama atenção é o fato de que muitos moradores de rua têm casa e família, e mesmo assim preferem viver em condições de extrema sujeira, fome e humilhação.
Muitos destes são viciados e drogas e álcool e enfrentam problemas  psicológicos que necessitariam de acompanhamento medico, porem ao ficarem nas ruas estão cada vez mais expostos a estes problemas, tornando-se cada vez mais difícil a reintrodução destes indivíduos na sociedade formal.









Outra questão é que nos chamou a atenção é o programa de auxilio aos moradores de Rua em Londres. Lá o governo não esta preocupado somente em encontrar um abrigo para pessoa mais também de ajuda-la a reintrodução na sociedade formal.
Eles orientam e auxiliam a pessoa na procura de emprego, a si reconectar com familiares e conhecidos e também a desenvolver habilidades que poderão ajuda-los na vida profissional. Um trabalho muito interessante que realmente funciona e ajuda esta população.







GRUPO 07

Grupo 7 - Segregação Sócio Espacial
Isabella Mendes

Foram adotados os seguintes subtemas:
·         
     Capitalismo: acumulo de riquezas, expansão dos negócios, lucro, controle do sistema de produção;
·         Consequências que o capitalismo trouxe para as cidades;
·         O espaço: relações sociais, produção e politica;
·         Segregação sócio espacial;
·         Experiências habitacionais na Europa Central: Frankfurt;
·         Muro de Berlim;
·         Holanda;
·         A segregação no Brasil: Belo Horizonte;
·         Programa Minha Casa Minha Vida.



A correlação da temática segregação sócio espacial foi feita abordando as cidades de Frankfurt, Berlim, Holanda, e Belo Horizonte.
Frankfurt destacou-se pelos sues projetos de conjuntos habitacionais no período pós- guerra. Foram criados condomínios enormes, com projetos bem elaborados e articulados com a necessidade da população.  Um exemplo bem famoso é a Frankfurt Kuche.  
Berlim que também no período pós- guerra encontrou-se em grande déficit habitacional, viu a necessidade de criar numerosos conjuntos habitacionais, que se destacaram pelas suas formas arquitetônicas e de projetos, que são referencia de estudo até nos dias atuais.
Já Belo Horizonte foi  criada com a intenção de ser a nova capital do estado.
Com isso um grande numero de imigrantes instalou-se na cidade e ela cresceu para além de seus “limites”.  O vimos então foi à ocupação desordenada de áreas periféricas, e o surgimento de grandes favelas. Para tentar solucionar o problema de ocupação irregular e em áreas de risco, surge o programa social do Governo Federal, Minha Casa Minha Vida, que beneficiará famílias com renda de ate 10 salários, a adquirir sua casa própria em conjuntos habitacionais.


A segregação Sócia Espacial evidencia ainda mais a diferença entre ricos e pobres. O que vemos são locais que são exclusivamente “usados” e frequentados ou por ricos, ou por pobres. As consequências disto é o aumento visível da disparidade social.
Com isso há um empobrecimento dos laços sociais, já que as classes não se misturam, preferindo obter-se cada um em seu mundo, vivendo com os “seus”, e criando uma barreira invisível cada vez maior com o “diferente”.







O programa Minha Casa Minha Vida, foi criado pelo Governo Federal com o objetivo de “ajudar” famílias de baixa renda a adquirir sua casa própria através de financiamentos pela Caixa Econômica Federal.
Em tese o projeto é de resolver o problema de déficit de habitação popular, porem vemos muitas irregularidades nas construções. A utilização de materiais de qualidade duvidosa, fragilidade no sistema de fiscalização e acompanhamentos das obras, e em alguns casos a falta de infraestrutura básica para a implantação dos conjuntos e da própria população, são um dos problemas que o programa enfrenta. Porem isto não é repassado para a sociedade, deixando a imagem do programa como si fosse perfeito.







GRUPO 06

RECONVERSÃO URBANA - FLORENÇA E CONGONHAS



 O grupo desenvolveu tópicos preliminares que ajudaram a entender o sentido de reconversão, explicando o que  é, dando noções de patrimônio e monumento histórico e aplicaram estes conceitos nas cidades estudadas mostrando também a relação da reconversão com a questão econômica e política. Abaixo, segue os tópicos apresentados: O que é reconversão, noções de Patrimônio (Patrimônio histórico, Antiguidades Nacionais, A época dos antiquários, Conservação do Patrimônio, Revolução Industrial, Patrimônio Mundial da UNESCO), Monumento Histórico, Revolução Industrial, Florença (localização, cidade em mutação, exemplos de reconversão), Congonhas (localização, população, história, patrimônio, Congonhas e o minério, reconversão, Estrada Real, exemplos de reconversão),  Giulio Argan ( ponto de vista crítico do autor), Filme “ Roma, Cidade Aberta” , destacando a importância da Segunda Guerra na Reconversão de cidades italianas.
Foi feita a análise das reconversões em Florença e Congonhas, mostrando a história das cidades e as mudanças políticas e econômicas que levaram à reutilização  destes monumentos históricos, sem destruí-los. Com estes dois exemplos foi possível entender a necessidade do espaço urbano se readaptar às necessidades atuais da sociedade, independente de ser no Brasil ou no Exterior.
                                                A questão do Patrimônio Histórico
Apesar de parecer um entrave ao desenvolvimento da cidade, as produções tanto arquitetônicas como de objetos e documentos são importantes para retratar o desenvolvimento da mesma. Nelas pode-se  visualizar idéias que deram ou não certo, pensamentos e maneiras de viver cravados em suas formas, materiais e texturas. Entender o que foi vivido e conquistado pelos nossos antepassados é importante para que possamos compreender o momento atual.
A reconversão destes espaços evita o seu deterioramento tornando-o ainda vivo e útil para a sociedade moderna. Mesmo em Belo Horizonte temos exemplos destas reconversões como o atual prédio da Uai Praça sete, que já foi Banco hipotecário, Banco Bemge e Psiu, atuando atualmente em serviços para os cidadãos como carteira de identidade e outros. O espaço guarda características do seu passado mas sem perder sua utilidade na vida atual da cidade.




Centro histórico de Florença como patrimônio da humanidade pela Unesco
 
UAI Praça Sete ( já foi Banco Hipotecário e Banco Bemge)

Minério em Congonhas
A exploração do minério de ferro em Congonhas é um assunto interessante sobre o que será feito desta cidade assim que o minério acabar. A economia de uma cidade conduz seu desenvolvimento, formas de emprego e espaços. Com o fim desta exploração, a cidade tende a se adaptar reutilizando os espaços antes das mineradoras e reformulando suas fontes de renda.
Os problemas ambientais causados atualmente pela mineração são tolerados. O que percebemos é que a ação dos governantes é voltada para os interesses das grandes empresas, permitindo abusos, mesmo que estes comprometam a estrutura da cidade. Desta forma, não se pensa a longo prazo, quando as conseqüências destes problemas se tornarem mais graves, deixando para as gerações futuras o problema que deveria ter sido contornado hoje.


Mineração em Congonhas

 
Poluição em Congonhas causada por mineradoras
 

GRUPO 08

Governança: Belo horizonte e Ribeirão das Neves, ABC Paulista. Vancouver- Canadá e bacia do Rio Fraser



Foram adotados os seguintes subtemas:
·        
     Conceito de Governança;
·         Ribeirão das Neves;
·         Obras do PAC na região de Ribeirão das Neves;
·         Recursos Hídricos e agua nas cidades;
·         A região do Grande ABC;
·         Vertente Globalista x Vertente Regionalista;
·         Consorcio Intermunicipal Grande ABC;
·         A cidade;
·         Vancouver e a bacia do Rio Fraser;
·         GVRD;
·         Parques uma forma de preservação;
·         Rio Fraser.


A correlação entre as cidades analisadas pelo grupo destaca-se pela maneira de como cada cidade lida com os problemas ambientais ligados a recursos hídricos. Observamos que no Brasil a temática ainda é tratada com irrelevância e que há graves problemas de gerenciamento e tratamento dos cursos hídricos.
Em contrapartida, em Vancouver observamos um órgão de gestão, GVRD, que é responsável pelos parques, transporte público , coleta e tratamento do esgoto,  recursos hídricos, dentre outros. Este “programa” é bem desenvolvido e conceituado em vem aplicando seus projetos de forma a conscientizar a população de Vancouver às questões ambientais.



O grupo destacou em sua apresentação a cidade de Ribeirão das Neves, sua historia e sua importância para região metropolitana de Belo horizonte. O que observamos que a cidade foi “esquecida” por muitos anos pelo poder público e, por isso enfrenta sérios problemas com a questão da falta de saneamento básico, água tratada, deficiência no sistema de drenagem pluvial, poluição dos cursos hídricos, dentre outros.
Recentemente o governo através do PAC, vem realizando obras para melhoria no transito e canalização de córregos, tampando-os como a exemplo do Rio Arrudas. Estas medidas foram adotadas com a intenção de amenizar os problemas enfrentados na região.








Vancouver é uma cidade que tem uma grande quantidade de parques, áreas abertas á população. Observamos que a interação das pessoas com o meio ambiente leva a uma reflexão às questões ambienta e sua preservação.
Esta “politica” deu tão certo que as pessoas foram conscientizadas não somente à questão ambiental ligado natureza, mais também à poluição do ar e o gerenciamento de resíduos sólidos, uma maneira ecologicamente correta de si pensar.






GRUPO 10

RELATÓRIO - GRUPO 10

O tema inicialmente proposto para o grupo foi: “Governança Metropolitana”. O blog criado pelo grupo aborda questões relacionadas ao crescimento dos vetores Norte e Sul de Belo horizonte, porém na apresentação em sala, o tema abordado foi o aglomerado Santa Lúcia.
Não foi abordada nenhuma questão mundial, inclusive, a única cidade citada foi Belo Horizonte. A apresentação foi bem interessante, uma vez que, foi apresentada uma entrevista feita pelo próprio grupo aos moradores do aglomerado Santa Lúcia.

Especulação Imobiliária



Especulação Imobiliária e desapropriação de imóveis foram alguns dos temas abordados pelo grupo. São questões que, inclusive foram abordadas várias vezes neste blog. Trata-se de um jogo de interesses justificado como uma tentativa de resolver uma questão que é bem mais complexa do que se imagina – infraestrura em favela. 


Como em toda sociedade capitalista, tudo gira em torno do dinheiro, o que justifica o interesse pela região que é bem localizada e cujo valor do m² é bem elevado.  Querem embelezar a cidade, organizá-la, mas, vale lembrar que cada região requer um modelo urbano diferente. 




Tudo agora passa pela desculpa da Copa do Mundo de 2014. Tudo se justifica, até o que não tem nada a ver com futebol. Não podemos usar as péssimas condições atuais dos moradores de áreas periféricas para justificar esse tipo de mudança. 


REFERÊNCIA: BLOG DO GRUPO E APRESENTAÇÃO DO TRABALHO EM SALA

GRUPO 09

RELATÓRIO – GRUPO 9

            O grupo abordou temas como: o programa Vila Viva (Belo Horizonte), questões Econômicas, Saneamento Básico, desigualdade e o tratamento dado pelo governo Nigeriano às questões problema em Lagos (Nigéria).
O contexto mundial foi abordado ao mostrarem a situação de Lagos. O contexto Belo-horizontino também foi trabalhado ao fazerem uma crítica ao programa Vila Viva. O grupo conseguiu associar os dois temas com bastante coerência.

O Programa Vila Viva
O Vila Viva é um programa da Prefeitura de Belo Horizonte, que visa o reassentamento dos moradores de algumas favelas da cidade. Aparentemente o programa parece ser a solução para os problemas de infraestrutura. Porém, é válido lembrar que a mídia, de certa forma, romantiza a iniciativa, ignorando as consequências para as comunidades e as famílias. Famílias são desapropriadas após viverem por anos no mesmo local. São pagos valores irrisórios a título de compensação inferiores aos valores de mercado. A região é valorizada, porém os salários de seus moradores não acompanham.

Imgem retirada do site da PBH  

 Saneamento Básico em Lagos

Apesar de ser a maior cidade do país, a situação assistida em Lagos (Nigéria) é assustadora. Vemos milhares de pessoas cercadas pela água, vivendo em verdadeiros pântanos. Apesar de parte de sua área estar coberta pela lagoa, rios e pântanos, dados oficiais (ONU) apontam que apenas 42,6% da população têm acesso à água tratada e encanada.
O crescimento populacional desordenado e o planejamento inadequado é um desafio enfrentado pela gestão urbana de Lagos, porém, a cidade vem buscando contornar a situação. As intervenções incluem a urbanização das ruas, perfuração de poços para fornecimento de água potável, construção de banheiros, novas escolas e melhoria das escolas já existentes, entre outras. Enquanto isso, aguardamos ansiosos que tudo isso de fato funcione.

Lagos Nigéria

GRUPO 11



RECONVERSÃO URBANA



“Reconversão urbana é o processo de recuperação e adaptação de áreas urbanas consolidadas subutilizadas, degradadas ou em processo de degradação a fim de reintegrá-las à dinâmica urbana, criando condições e instrumentos necessários para conter os processos de esvaziamento de funções e atividades, repovoando essa áreas de forma multiclassista, tudo isso com respeito às habilidades originais de cada um dos centros, analisadas e pesquisadas no processo de elaboração e implantação dos planos de reabilitação.”

     Com a globalização o compartilhamento de interesses, de influências, necessidades, economia, ou imposição deles, como queira, o modelo de cidade mudou completamente para atender a certas demandas em determinadas épocas. Ela juntamente com a manufatura, se tornou um objeto vendável, não no sentido literal da palavra, mas venda da sua imagem e estilo de vida. Mais especificamente, da imagem e do estilo de vida que mascaram as desigualdades sociais.
     Acompanhando as mudanças no capitalismo está a mudança das políticas públicas que favorece empreendimentos altamente lucrativos, principalmente no setor terciário da economia, em detrimento da população local da região do objeto de reconversão.
    O novo espaço é reconvertido por estar em uma região debilitada e desvalorizada, exatamente onde a parcela pobre da população encontra oportunidade de habitação dentro das suas condições de vida. Após a revitalização, os habitantes são expulsos pela valorização da área ou pelas próprias políticas de reassentamento urbano. Assim como a cidade vira um produto, as pessoas viram objeto de interesses.

CORRELAÇÕES RIO DE JANEIRO x MUNDO

Revitalização de zonas portuárias:

    As zonas portuárias exerciam a função de carga e descarga de mercadorias, atendendo a demanda de armazenamento e às necessidades básicas de seus tripulantes em terra. Por conta disso a região por anos e anos foi considerada zona da cidade, da qual a maioria dos habitantes mantinham distância. O declínio econômico com a drástica mudança do capitalismo industrial para o capitalismo financeiro ou monopolista, provocou a migração da economia local para dentro da cidade, deixando os habitantes locais em situação de desemprego e degradação social.
    A revitalização dessas áreas atualmente é devida à localização privilegiada, perto de centros financeiros e comerciais, com capacidade de desenvolvimento de lazer, residência e comércio e oferta de espaço perto dos centros já completamente ocupados.



 
   Pela breve análise das reconversões que se realizaram e da que está em processo, é nítido o interesse puramente econômico e venda da imagem da cidade, em regiões que se tornaram e se tornarão centro de consumo e espetáculo.

QUESTÕES:

CENTRALIZAÇÃO DE CULTURA PARA PÚBLICO SELETO

O complexo cultural que está sendo implantado na Praça da Liberdade em Belo Horizonte é o maior exemplo de manifestação de interesse econômico, tendo em conta que a área já possuía toda uma dinâmica e um cotidiano com as atividades que ali estavam presentes, ou seja, não necessitava de um restauro da região.
A questão também envolve a Copa do Mundo, a imagem a ser vendida e o lucro com a cultura oferecida aos turistas. É inegável que os habitantes também ganham com um espaço dessa magnitude e oferta de tanta cultura, mas apenas os habitantes de melhor poder aquisitivo.
O projeto abrange a região centro-sul da cidade, altamente valorizada e portanto repelente da população pobre, que se intimida ou com as edificações em si, ou com a função, ou com o público-alvo que frequentará, ou com os preços etc.
 Grande parte da população perderá um espaço de lazer público, sem nem sequer ser necessário cercar com muros. Essa barreira invisível é o resultado do estilo de vida consumista e individualista que se enraizou na nossa sociedade sem precedentes.


Atividades na Praça da Liberdade antes do Projeto do Circuito Cultural
Novos usos para as edificações no Circuito Cultural
 
DÉFICIT DE HABITAÇÃO E EDIFÍCIOS OCIOSOS

    Em Belo Horizonte há um enorme déficit de moradia e espaços para alugar. Isso não acontece por falta de espaço ou por falta de edificações que atenda à demanda, mas por especulação imobiliária e falta de uma política rígida para construções inacabadas e abandonadas.
    A exemplo do centro da cidade, um edifício que há anos está desocupado e degradado, sofrerá reconversão para se transformar em um hotel de luxo, tendo em vista a Copa do Mundo.
   Um outro exemplo foi a ocupação de dois edifícios, denominados Torres Gêmeas. Projeto da construtora que parou antes de acabar e simplesmente ficou abandonado. Foi ocupado por diversas famílias há anos que se apropriaram do lugar e deram vida para elas. Com a iminência da copa, a construtora entrou com um processo para a recuperação e expulsão dos moradores.
    A questão é: é preciso que haja um estudo em Belo Horizonte, que está repleta de prédios parados, sem uso, abandonados, para a reconversão de áreas que de fato precisem se reintegrar à cidade e não a revitalização por questões puramente econômicas que atua em detrimento dos interesses e necessidade dos indivíduos, causando segregação espacial, social e econômica.

Centro de Belo Horizonte

Bairro Santa Tereza, Belo Horizonte