quarta-feira, 23 de novembro de 2011

GRUPO 01


 MOBILIDADE URBANA 



    A partir da revolução industrial, o modelo de produção em massa do fordismo ganha força, mudando completamente o estilo de vida, de consumo e relações dos indivíduos nas regiões urbanas principalmente.
    A necessidade de transporte para o crescente fluxo de pessoas e mercadorias também aumenta, seguido pelo poder aquisitivo melhorado graças à geração de novos empregos.
    Para tanto, além do transporte de carga, foram desenvolvidos os transportes de massa, tanto os coletivos, metrô e ônibus, quanto os individuais, carro e moto.
   Uma das questões levantadas pelo grupo é o fato de o automóvel particular se tornar uma bolha, onde o proprietário se apropria do veículo, transferindo um mini mundo para aquele novo ambiente. É ali que ele passará boa parte do dia, para tanto, o automóvel além de transportar o indivíduo, transporta também as suas necessidades, emoções e socialidade, ou melhor dizendo, a falta dela.
    Um agravante dessa situação é a lógica do capitalismo que torna as pessoas individualistas, não se importando com o próximo, contando que tenha seu carro e conforto próprios.
    Além do déficit das relações sociais, há o de saúde pública. Uma vez que o número de veículos particulares circulando é absurdamente grande e as políticas públicas priorizam os carros, construindo ruas e retirando árvores, há grande emissão de poluentes no ar, causando um leque de doenças respiratórias.
    A alienação do ser humano é um outro fator de dependência do objeto. O corpo que passa horas sendo transportado, acaba atrofiando por falta do uso de movimentos naturais como o simples ato de caminhar, em graus mais elevados, o corpo se deforma, se torna não funcional ou cada vez mais dependente.
    Também é questão de saúde pública as milhões de morte causadas em acidentes de trânsito, resultando em constante estado de alerta e estresse tanto dos motoristas, quanto dos transeuntes.

CORRELAÇÕES BELO HORIZONTE x NEW YORK

    O crescimento das cidades além do previsto, como o caso de Belo Horizonte, causou problemas de ocupação, desde moradias que deram lugar à arranha-céus, até árvores que foram retiradas para pavimentação de ruas, sempre priorizando os veículos particulares. Em decorrência disso é notória a deficiência em transporte público da nossa cidade.
    New York também passou por uma reforma em que o arquiteto Robert Moses, responsável por grandes obras na cidade (em nome do “novo”), projetou para uma megalópole dominada por carros, não por transporte público. Mas diferente de Belo Horizonte, ela possui um sistema de transporte público eficiente e políticas para limitar o uso de veículos particulares como no quadro a seguir:


QUESTÕES

FALTA DE INCENTIVO AO TRANSPORTE PÚBLICO E ALTERNATIVO

   O problema de fluxo de trânsito em Belo Horizonte é consequência da má execução de diversos quesitos como o incentivo ao transporte público e/ou alternativo, estado de conservação e conforto dos veículos, localização das estações do metrô e seu itinerário limitado, o tempo gasto pelo ônibus no trajeto, não pelas paradas, mas pelos congestionamentos, propaganda massante de venda de veículos particulares e individualismo do consumista do capitalismo.
Essa situação gera um ciclo vicioso:

TRANSPORTE PÚBLICO PRECÁRIO + TEMPO GASTO + FALTA DE INCENTIVO → AUMENTO DAS VENDAS DE V.P. → MELHORA NA MALHA URBANA PRIORIZANDO OS V.P → NÃO MELHORIA DO TRANSPORTE PÚBLICO → TRANSPORTE PÚBLICO PRECÁRIO

 E se agrava ainda mais pela acomodação da população que raramente luta por melhorias.

    Tendo em vista que é a economia que dita as regras de funcionamento da cidade, que as propagandas e incentivos ao carro próprio continuarão, é preciso que a sociedade cobre medidas do governo que limite o uso dos veículos particulares.
    A exemplo de São Paulo que adotou o sistema de rodízio pela numeração final da placa dos veículos, Belo Horizonte retiraria metade da circulação por dia, trabalhando juntamente com os elevados preços de estacionamento e limitação de locais para tal. Outra alternativa para trabalhar em conjunto é priorizar o tráfego de pedestres e ciclistas, criando políticas de velocidade reduzida ciclovias e revitalizando vias exclusivas para automóveis, a exemplo da Via Expressa, Av. Cristiano Machado e Av. Antônio Carlos.
    Porém não é simplesmente restringindo o uso de carro que o problema do trânsito vai se resolver. É preciso que haja uma reforma nos transportes públicos criando alternativas para quem abrirá mão do veículo próprio, caso contrário o ciclo vicioso recomeça.

Espaço ocupado em diferentes tipos de transporte
Restrição ao uso de bicletas em Belo Horizonte


 NOVO ITINERÁRIO DO METRÔ DE BELO HORIZONTE

   Belo Horizonte está localizada na região sudeste do Brasil e portanto está entre as cidades de mais influência do país. É menor em tamanho do que São Paulo, capital, e maior que o Rio de janeiro, capital, no entanto possui um sistema de metrô vergonhoso em comparação com essas duas cidades que já possuem metrôs subterrâneos, muito mais eficientes.
    É limitado a apenas UM itinerário, Vilarinho ↔ Eldorado, margeando assim a cidade e levando as pessoas de lugar nenhum para lugar nenhum.
    Há anos os candidatos à prefeitura da cidade prometem melhorar o sistema e construir novas linhas para suprir a demanda real da cidade. São só promessas.
    Mas com a iminente Copa do Mundo sediada aqui, há o projeto da implantação de uma nova linha: Pampulha ↔ Savassi. Atenderá a mais pessoas, sem dúvida, mas atenderá muito mais aos turistas que usufruirão da região do Mineirão e do centro comercial de alto nível da Savassi. Depois da copa quem continuará utilizando essas linhas? Será que a demanda mais forte é dessa região?
   A mesma coisa acontecerá com a implantação do corredor de ônibus na Av. Cristiano machado que facilitará o acesso aos hotéis e limitação de trajetos para os habitantes.
As políticas públicas deveriam ser pensadas em prol da qualidade de vida de seus habitantes e não do exclusivo crescimento de economia a qualquer custo. 

Sistema de metrô de Belo Horizonte

Sistema de metrô de são Paulo





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