Emyle Caldeira
Comunidades pobres estão à mercê dos interesses da Elite ao redor do mundo desde que este é mundo.
Grandes corporações econômicas controlam salários, moradias, padrões de consumo e comportamento, ascensão na escala social ou não, controlam também a educação, acesso à saúde e entretenimento. Iludido é aquele que ainda pensa que o controle está com o governo.
Você tem alguma dúvida disso?
O filme “The Constant Gardener (O Jardineiro Fiel, em português)” retrata muito bem essa questão. A trama traz à tona a exploração das comunidades miseráveis da África. Dependentes de atendimento médico, doação de alimentos e outros recursos, as pessoas são tidas como “vidas baratas e descartáveis”.
A população sem acesso à educação e informação, ignora do que de fato faz parte, ou melhor, do que de fato está sendo vítima.
A história expõe duas grandes empresas fictícias do ramo farmacêutico que fazem uma parceria – casamento de conveniência- que torna possível a produção e distribuição de um novo remédio para o tratamento da Tuberculose. Mas como tudo na vida, o produto precisava de voluntários para testes . Qual lugar forneceria mais doentes, que poderiam ser facilmente calados e descartados?
Para isso as pessoas eram submetidas a um esquema malicioso, porém simples: Aceitavam o tratamento com o tal remédio e receberiam atendimento médico em troca, caso contrário não teriam acesso ao atendimento para outras doenças comuns nesses países insalubres.
O remédio matara milhares e continuava nessa fase de teste. A fórmula não estava totalmente certa e era mais barato manipular os testes e excluir os pacientes que apresentassem efeitos colaterais, do que atrasar 3 anos em pesquisas, abrir precedentes para outras empresas e perder milhões de dólares.
Esses absurdos acontecem sem nenhuma intervenção, porque são de interesse de pessoas/corporações poderosas que sustentam acordos com diversos núcleos de poder e influência desse grande jogo de marionetes em que nos tornamos.
É complicado admitir que é de interesse primordial da Elite que se mantenha uma faixa generosa da população na pobreza ou estagnada em classes sociais mais baixas. Assim preservam a ignorância, limitando a educação e informação disponíveis. Fazem desse contingente um alvo fácil de manipulação ao ponto em que a corrida pela sobrevivência inibe qualquer reflexão e futura contestação das condições à que estão submetidos.
Mas não precisamos ir muito longe para nos depararmos com tais influências econômicas. Em Belo Horizonte mesmo, O programa Vila Viva, aclamado e reverenciado por financiadores, políticos e população alienada, mascara os verdadeiros interesses, muito maiores e menos dignos do que somos condicionados a pensar. Leia mais sobre o Programa Vila Viva Aqui!
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